Tutorial: Citra Emulator

Tutorial: Citra Emulator

Abaixo explicaremos o básico que precisa para que o emulador funcione e algumas dicas.

Pré-requisitos: O Citra Canary atualmente não requer um computador muito potente para rodar em boa velocidade (apesar que, claro, quanto mais rápido melhor). Fizemos simulações e mesmo um processador dual-core 1.8 GHz não limitou a velocidade, e isso rodando o jogo numa resolução 3x maior. Um requisito importante é ter um sistema operacional de 64 bits, e seu chip gráfico precisa suportar OpenGL 3.3 (pode ser os HD Graphics da Intel. Os Core i3/i5/i7 da terceira geração em diante suportam).

1- Baixe o Citra em nossa página de Emuladores.

2- Abra o emulador (é o arquivo citra-qt.exe).

Obs: Caso o Windows Defender impeça que ele abra, clique em “Mais Informações” e em seguida “Executar assim mesmo”. Às vezes o Windows faz isso quando não conhece algum programa, não precisa se preocupar neste caso, o emulador não possui vírus.

Na primeira vez que abrir, o emulador perguntará se deseja compartilhar dados de telemetria com os desenvolvedores. Essa opção é boa para que eles possam coletar dados sobre os jogos usados, a performance deles, seu hardware, e bugs que talvez ocorram, ajudando eles a melhorarem o emulador. Mas isso tudo é opcional.

Logo após, na tela de início você pode clicar duas vezes no emulador para adicionar uma pasta que contenha as roms, ficando mais fácil para abri-los depois. O Citra mostrará também informações sobre o estado em que ele consegue emular cada um, bem como a região e tamanho de cada um. Lembrando que as roms precisam estar descodificadas (decrypted).

Configurações opcionais

Entre no menu Emulação / Configurar. Na primeira tela (Geral / Geral), você pode alterar a região do emulador (escolha USA, caso algum jogo esteja iniciando em japonês). Recomendamos deixar marcado “Limit Speed Percent” e “100%” para que o jogo sempre tente rodar na velocidade padrão, mas você pode colocar um limite maior ou até desligar o limite caso queira fazer o jogo rodar mais rápido, ou então colocar um limite menor, caso queira torná-lo mais lento (alguns fazem isso em jogos de ação, para facilitar certas partes, por exemplo).

 

Na aba seguinte (Rede), há novamente a opção de enviar ou não dados de telemetria. Também, caso você use o Discord em seu PC para conversar com amigos, é possível escolher se quer exibir o jogo atual em seu status. É um recurso bem legal =)

Na aba Interface, você pode escolher o idioma dos menus do emulador ou até selecionar temas diferentes para ele, caso goste de usar um tema escuro, por exemplo. Recomendamos não trocar o tema quando estiver executando uma rom no momento, pois isso pode fazer o emulador travar.

Nas opções de Sistema, você pode definir seu nome de usuário (o mesmo que geralmente é configurado num 3DS real), além da sua data de aniversário (alguns jogos usam essa informação), modo de som (Mono, Estéreo ou Surround), país, e se deseja que o emulador use a mesma hora do computador (recomendável). Dá também para pré-definir quantas moedas de jogo você possui (aquelas que o 3DS gera quando você caminha com ele ligado no bolso). Isso é usado em alguns jogos, como por exemplo Animal Crossing New Leaf.

Em Sistema / Áudio, você pode definir se o jogo usará emulação de som HLE ou LLE. Recomendamos sempre usar HLE, pois é a mais rápida. Só em alguns casos, em que algum jogo talvez esteja travando ou com sons faltando, é que recomendamos testar o LLE, mas em geral isso torna os jogos muito lentos. Nas versões recentes do Citra, mesmo Pokémon X/Y (que antes apresentava problemas) agora funciona sem travar usando o áudio HLE, então deixe esta opção selecionada.

Na mesma aba, você pode definir a engine de saída, onde as duas opções mais usadas são a auto (recomendável) ou null (deixa o som mudo, caso esteja muito irritante ou bugado para você, ou caso queira escutar outras coisas enquanto joga). “Ativar alongamento de áudio” muda a forma como ele estica o som caso o jogo esteja lento, recomendamos testar caso queira ver se fica melhor no seu caso. Em dispositivo de áudio você pode definir por onde em seu computador o áudio irá sair, recomendamos deixar em auto.

Em Sistema / Câmera, é possível configurar o uso da câmera. O 3DS possui câmera frontal (virada pro jogador) e duas na traseira (virada para fora), e alguns jogos as utilizam, como Pokémon Mystery Dungeon – Gates to Infinity.

Em “Câmera a configurar”, selecione alguma delas (selecionando as traseiras, é possível escolher se a imagem será em 2D ou em 3D, nesse caso dá para configurar ambas individualmente). Em “Fonte da imagem da câmera”, você escolhe se o emulador enxergará apenas uma imagem em branco (na verdade… preto), uma imagem estática (pode usar qualquer imagem gif, jpg ou png que tenha no computador) ou até a câmera do sistema, caso tenha uma ou mais webcams (lembra? se quiser emular o 3D das câmeras traseiras, é possível combinar duas webcams aqui). Use o botão “Clique para visualizar” para testar qualquer uma das opções selecionadas.

Na tela Gráficos, como o nome diz, ficam opções para alterarmos os gráficos.

A opção “Resolução interna” é interessante pois permite fazermos os jogos serem renderizados numa resolução maior do que a nativa do 3DS, que é de apenas 400 x 240 pixels. Pode ficar à vontade para aumentar o valor, pois mesmo que isso torne o jogo mais pesado, o Citra consegue lidar muito bem até com resolução 10x maior que o original, na maioria das vezes sem prejudicar a velocidade. É possível escolher também para que ele ajuste a resolução automaticamente, de acordo com o tamanho da janela. Nem todos os elementos dos jogos ficam melhores, mas muitos detalhes ficam mais nítidos e suaves, por isso recomendamos testar.

Um pouco abaixo, você pode escolher se quer ativar o 3D estereoscópico, se quer colocar as telas na posição padrão, lado a lado ou apenas uma, ou se quer inverter a posição delas (swap screens). Fica a seu gosto. Todas essas opções podem ser alteradas com o jogo rodando.

Por último, mas não menos importante, temos as opções de Controles. Caso queira mudar qualquer um deles, basta clicar em cada botão e escolher qual tecla do teclado deseja usar (joysticks também servem).

Manipulando saves

Caso queira recomeçar algum jogo, talvez notará que os saves do Citra, diferente de outros emuladores, não ficam guardados nem na pasta do emulador nem na pasta onde está a rom. Elas na verdade ficam guardadas na pasta %AppData%/Citra/sdmc/ (ou C:\Users\”Seu usuário”\AppData\Roaming\Citra\sdmc). Ali você verá uma pasta chamada “Nintendo 3DS”, e ela funciona exatamente igual a como o 3DS salva os jogos no cartão de memória.

Abra a pasta “Nintendo 3DS” e vá abrindo as pastas internas até achar a pasta “title” e depois “00040000”. Ali dentro, cada pasta será o save de um jogo. Você pode apagar a pasta desejada caso queira recomeçar um jogo, ou fazer uma cópia de backup.

Um modo fácil de abrir a pasta correta de determinado jogo é através da tela inicial do Citra, na lista de jogos. Basta clicar com o botão direito em cima de algum jogo e escolher “Abrir local dos dados salvos”. Isso te levará direto para a pasta correta com o save. Fácil, não?

É possível que você até consiga, caso queira, usar seu save de um 3DS real dentro do emulador, copiando ele do cartão de memória do 3DS para a respectiva pasta do Citra.

Jogando multiplayer pela internet

No canto inferior do emulador, existe um botão para se conectar a outras pessoas pela internet. Sim, é possível, usando isso, se conectar a outras pessoas que estão no emulador Citra para trocar pokémon ou batalhar, ou jogar em multiplayer em jogos que permitem isso:

Na janela seguinte, digite um apelido e clique duas vezes numa sala referente ao jogo que estiver jogando. Assim você já estará conectado a todos nesta sala.

Aparecerá até mesmo uma sala de chat, bem útil para você se comunicar com outros enquanto joga. Mas o importante é, estando aqui, o emulador se comportará como se você e os outros jogadores da sala estivessem com seus 3DS próximos um do outro, permitindo o multiplayer local. Para encerrar uma conexão, clique em Sair da sala (mesmo se fechar a janela, a conexão normalmente continua ativa).

Caso queira criar sua própria sala, clique no menu Multijogador e escolha Criar sala. Na janela seguinte, defina o nome da sala, seu nick, jogo que deseja usar (isso não obriga os convidados a jogarem o mesmo jogo, é apenas um indicativo), se a sala terá senha, quantidade máxima de jogadores e a porta de conexão (nesse deixe o padrão, a não ser que esteja com problemas ou com o firewall bloqueando). Você também pode torná-la pública (aparecerá para qualquer um naquela janela anterior). Se não for listada, os outros jogadores que vc quer convidar deverão selecionar o menu Multijogador / Conectar-se diretamente a uma sala, e precisarão saber o endereço IP do host (no caso, o seu IP) e a porta.

Obs: É normal, ao usar essa função, que o Windows emita um alerta. Basta clicar em “Permitir acesso” para liberar.