O Assassino da Tesoura/ Arquivo Policial de Waddle Town
Citação de Bakujirou em 17/06/2019, 16:54Capítulo 11 - O Fim do Mistério?
- O que diabos foi agora, Pachirisu? - o coronel seguia a agitada capitã pelas ruas de Waddle Town, acompanhado por Garchomp.
- O senhor já vai ver, senhor! - a Pachirisu não corria nem metade do que era capaz, mas mesmo assim dava um baita cansaço nos outros dois.
- Acho bom mesmo, Pachirisu! - exclamou Garchomp, ofegando.
- Não tenho mais vinte anos, sabia?
- Nem eu, senhor! - afirmou a capitã.
- Não mesmo... - resmungou Typhlosion, enquanto se esforçava para correr e respirar ao mesmo tempo - tem vinte e cinco...
No outro lado da cidade, eles chegaram ao seu destino: a casa da doutora Blissey, agora abandonada.
- Você me fez correr tudo isso só para ver a casa que nós visitamos ontem? - perguntou Garchomp, indignado - às vezes tenho vontade de te bater, Pachirisu!
- É importante, senhor! - afirmou a capitã - Eu juro que é importante, temos que entrar para vocês entenderem!
- Tudo... Bem... Me deixe respirar... - pediu o coronel - Tenho que chamar... Minha escolta policial... Garchomp, pode ligar na delegacia para mim?
- Tudo bem, coronel! - o major pegou seu telefone e discou o número da delegacia. - Alô? Stantler? Eu sei de onde você está falando! Você pode mandar a escolta do coronel até aqui, por favor? Muito obrigado, Stantler... Criatura lesada! - exclamou, após desligar o telefone - É claro, não é? A Pachirisu é rápida, e alguém tem que ser uma lesma na delegacia para compensar isso! Odeio ter subordinados lentos... Quero ver quando o Stantler me pegar de mau humor...
- Acalme-se, major... Eles devem chegar em poucos minutos, não são lentos como o sargento Stantler... Vamos esperar.
Cinco minutos depois, os policiais chegaram e seguiram Typhlosion, Pachirisu e Garchomp.
- Onde está o que você quer nos mostrar, Pachirisu? - indagou Typhlosion, curioso. Se Pachirisu queria tanto que eles vissem algo, devia ser importante.
- O senhor já verá, senhor!
Então ela disparou pelos corredores da casa, seguida de perto por todos os outros policiais, que se esbarravam no estreito espaço.
Enfim, Pachirisu parou. Eles estavam em frente a porta de um lugar que parecia ser o quarto da doutora Blissey: a cama era simplesmente enorme, e havia no criado mudo uma foto da mulher ao lado de sua filha Chansey.
- Por que estamos aqui, capitã? - perguntou o coronel - Até agora não vimos nada de importante ou interessante por aqui...
- Acalme-se, senhor! Eu já te mostro!
Foi naquela hora que Typhlosion teve mais vontade de esganar alguém na vida. Como Pachirisu podia pedir calma para alguém?
- Então, o que você vai nos mostrar? - indagou Garchomp com impaciência.
- Isso, senhor!
Em cima da cama da Blissey estava algo que se parecia com uma carta. Estava até dentro de um envelope, e era endereçada ao coronel.
Typhlosion começou a ficar curioso... Por que diabos a doutora teria endereçado uma carta a ele? Então o coronel abriu e começou a ler.
"Caro Coronel Typhlosion,
Sei que corro sério risco de vida, então escrevi esta carta. Há tempos sei mais do que devia sobre o caso, e deve ser por isso que querem acabar com a minha vida.
Na noite do homicídio de Clefable, eu estava lá. Escondida no fundo do beco dos Raticates, resolvendo negócios particulares. Como o próprio nome diz, eram particulares, por isso não esclarecerei o motivo da minha visita ao beco. Lá eu vi um Hitmonchan empunhando uma tesoura e matando a jovem Clefable.
Pode parecer estranho que eu não tenha dito nada, mas estava com medo. Bandidos são vingativos, e a polícia não é segura como afirma, então o criminoso poderia facilmente descobrir quem deu a informação para o senhor.
Não sei se os irmãos daquele Hitmonchan têm algo a ver com o caso, nem o motivo de tão brutal crime, mas é a pura verdade. Se algum dia o senhor ler essa carta, pode ter certeza que estarei morta.Adeus,
Blissey."
A carta acabava lá. Typhlosion mal podia acreditar no que estava lendo. Estava eufórico. Finalmente o caso poderia ser encerrado. Porém ele logo descobriria que não seria tão simples assim...
Typhlosion e os outros voltaram até a delegacia. O coronel estava quase querendo dar uma festa quando algo parou suas comemorações... Entrou na sala a mais nova sargento da delegacia.
- Pois não, Medicham?
- O Hitmonchan não é o culpado daqueles assassinatos.
Typhlosion ficou com os olhos arregalados.
- Como... Como assim...?
- Eu e o Hitty... - os olhos da Medicham começaram a brilhar - ... Estávamos tendo uma noite de amor quando o primeiro crime aconteceu. E se você quiser provas, eu tenho uma! - Ela tirou de sua bolsa um ovo pokémon. - Esse ovo se originou naquela noite. Espero ter ajudado.
A sargento saiu.
Typhlosion murchou. Tudo dava errado naquele caso!
Mas então tudo se construiu na sua mente, como um enorme quebra-cabeça...
... Estava tudo claro! Há dias e dias Typhlosion não se sentia tão bem! Tudo se encaixava perfeitamente! Entusiasmado, o coronel se dirigiu à sala de Pachirisu e Garchomp.
- O caso está encerrado! - exclamou, ao chegar na sala.
- Eu sei, coronel - falou Garchomp - Logo quando prendermos o Hitmonchan...
- Não vamos prender o Hitmonchan, major. Ele é inocente.
- Como assim, senhor? - perguntou Pachirisu - Então, quem é o culpado?
- Culpada. - afirmou o coronel.
- Quem, a Vespiquen? - interrogou Garchomp.
- Não. Não é a Vespiquen.
- Quem é, então?
O coronel se dirigiu até a janela da sala e contemplou a parte externa da delegacia, satisfeito. Era bom provar para seus subordinados por que ele era o chefe, ao invés de qualquer outro. Por fim, ele encarou os dois e disse: - Foi a doutora Blissey.
- O que diabos foi agora, Pachirisu? - o coronel seguia a agitada capitã pelas ruas de Waddle Town, acompanhado por Garchomp.
- O senhor já vai ver, senhor! - a Pachirisu não corria nem metade do que era capaz, mas mesmo assim dava um baita cansaço nos outros dois.
- Acho bom mesmo, Pachirisu! - exclamou Garchomp, ofegando.
- Não tenho mais vinte anos, sabia?
- Nem eu, senhor! - afirmou a capitã.
- Não mesmo... - resmungou Typhlosion, enquanto se esforçava para correr e respirar ao mesmo tempo - tem vinte e cinco...
No outro lado da cidade, eles chegaram ao seu destino: a casa da doutora Blissey, agora abandonada.
- Você me fez correr tudo isso só para ver a casa que nós visitamos ontem? - perguntou Garchomp, indignado - às vezes tenho vontade de te bater, Pachirisu!
- É importante, senhor! - afirmou a capitã - Eu juro que é importante, temos que entrar para vocês entenderem!
- Tudo... Bem... Me deixe respirar... - pediu o coronel - Tenho que chamar... Minha escolta policial... Garchomp, pode ligar na delegacia para mim?
- Tudo bem, coronel! - o major pegou seu telefone e discou o número da delegacia. - Alô? Stantler? Eu sei de onde você está falando! Você pode mandar a escolta do coronel até aqui, por favor? Muito obrigado, Stantler... Criatura lesada! - exclamou, após desligar o telefone - É claro, não é? A Pachirisu é rápida, e alguém tem que ser uma lesma na delegacia para compensar isso! Odeio ter subordinados lentos... Quero ver quando o Stantler me pegar de mau humor...
- Acalme-se, major... Eles devem chegar em poucos minutos, não são lentos como o sargento Stantler... Vamos esperar.
Cinco minutos depois, os policiais chegaram e seguiram Typhlosion, Pachirisu e Garchomp.
- Onde está o que você quer nos mostrar, Pachirisu? - indagou Typhlosion, curioso. Se Pachirisu queria tanto que eles vissem algo, devia ser importante.
- O senhor já verá, senhor!
Então ela disparou pelos corredores da casa, seguida de perto por todos os outros policiais, que se esbarravam no estreito espaço.
Enfim, Pachirisu parou. Eles estavam em frente a porta de um lugar que parecia ser o quarto da doutora Blissey: a cama era simplesmente enorme, e havia no criado mudo uma foto da mulher ao lado de sua filha Chansey.
- Por que estamos aqui, capitã? - perguntou o coronel - Até agora não vimos nada de importante ou interessante por aqui...
- Acalme-se, senhor! Eu já te mostro!
Foi naquela hora que Typhlosion teve mais vontade de esganar alguém na vida. Como Pachirisu podia pedir calma para alguém?
- Então, o que você vai nos mostrar? - indagou Garchomp com impaciência.
- Isso, senhor!
Em cima da cama da Blissey estava algo que se parecia com uma carta. Estava até dentro de um envelope, e era endereçada ao coronel.
Typhlosion começou a ficar curioso... Por que diabos a doutora teria endereçado uma carta a ele? Então o coronel abriu e começou a ler.
"Caro Coronel Typhlosion,
Sei que corro sério risco de vida, então escrevi esta carta. Há tempos sei mais do que devia sobre o caso, e deve ser por isso que querem acabar com a minha vida.
Na noite do homicídio de Clefable, eu estava lá. Escondida no fundo do beco dos Raticates, resolvendo negócios particulares. Como o próprio nome diz, eram particulares, por isso não esclarecerei o motivo da minha visita ao beco. Lá eu vi um Hitmonchan empunhando uma tesoura e matando a jovem Clefable.
Pode parecer estranho que eu não tenha dito nada, mas estava com medo. Bandidos são vingativos, e a polícia não é segura como afirma, então o criminoso poderia facilmente descobrir quem deu a informação para o senhor.
Não sei se os irmãos daquele Hitmonchan têm algo a ver com o caso, nem o motivo de tão brutal crime, mas é a pura verdade. Se algum dia o senhor ler essa carta, pode ter certeza que estarei morta.
Blissey.
"
A carta acabava lá. Typhlosion mal podia acreditar no que estava lendo. Estava eufórico. Finalmente o caso poderia ser encerrado. Porém ele logo descobriria que não seria tão simples assim...
Typhlosion e os outros voltaram até a delegacia. O coronel estava quase querendo dar uma festa quando algo parou suas comemorações... Entrou na sala a mais nova sargento da delegacia.
- Pois não, Medicham?
- O Hitmonchan não é o culpado daqueles assassinatos.
Typhlosion ficou com os olhos arregalados.
- Como... Como assim...?
- Eu e o Hitty... - os olhos da Medicham começaram a brilhar - ... Estávamos tendo uma noite de amor quando o primeiro crime aconteceu. E se você quiser provas, eu tenho uma! - Ela tirou de sua bolsa um ovo pokémon. - Esse ovo se originou naquela noite. Espero ter ajudado.
A sargento saiu.
Typhlosion murchou. Tudo dava errado naquele caso!
Mas então tudo se construiu na sua mente, como um enorme quebra-cabeça...
... Estava tudo claro! Há dias e dias Typhlosion não se sentia tão bem! Tudo se encaixava perfeitamente! Entusiasmado, o coronel se dirigiu à sala de Pachirisu e Garchomp.
- O caso está encerrado! - exclamou, ao chegar na sala.
- Eu sei, coronel - falou Garchomp - Logo quando prendermos o Hitmonchan...
- Não vamos prender o Hitmonchan, major. Ele é inocente.
- Como assim, senhor? - perguntou Pachirisu - Então, quem é o culpado?
- Culpada. - afirmou o coronel.
- Quem, a Vespiquen? - interrogou Garchomp.
- Não. Não é a Vespiquen.
- Quem é, então?
O coronel se dirigiu até a janela da sala e contemplou a parte externa da delegacia, satisfeito. Era bom provar para seus subordinados por que ele era o chefe, ao invés de qualquer outro. Por fim, ele encarou os dois e disse: - Foi a doutora Blissey.
Citação de Bakujirou em 18/06/2019, 13:13Capítulo 12 - Caso Encerrado
O ambiente permaneceu em um terrível silêncio. Pachirisu e Garchomp pareciam estar digerindo as informações passadas por Typhlosion. Então o major resolveu quebrar aquele clima com uma grande risada.
- Amei a piada, coronel. Agora vamos prender o Hitmonchan.
- Prender o Hitmonchan? - foi a vez do coronel dar risada - Mas eu já disse: ele não é o culpado. Quem cometeu todos esses crimes foi a doutora Blissey.
Aquilo era realmente um fenômeno: como uma informação podia ser tão impactante. Até a capitã Pachirisu, que habitualmente estaria falando incessantemente, permanecia calada.
- Mas como, senhor? - ela começou a falar novamente, porém o major e o coronel se surpreenderam: pela primeira vez ela articulava as palavras na mesma velocidade de um pokémon normal. - Como é possível? Não há explicação!
- Eu explico tudo para vocês... Ou pelo menos tento explicar. Ainda não tenho provas de tudo, porém creio que tudo que eu digo está certo...
O coronel, então, desatou a falar.
"Todos os dias, Blissey voltava do trabalho pontualmente às 19h. Ela esperava ansiosamente para que acontecessem os momentos mais felizes de sua rotina: ver a filha, falar com ela e se divertir ao lado de Chansey.
Porém, tudo mudou quando elas se mudaram para essa cidade..."
- Ha, tudo bem - disse Garchomp - Agora você está dizendo que a culpa é da ci...
- Cale a boca, major! - exclamou Pachirisu. O coronel continuou:
"A doutora recebeu uma excelente proposta de emprego por aqui. Ela seria chefe do hospital mais respeitado da cidade, e seria a médica mais prestigiada. Mas a filha não foi beneficiada como ela.
O novo horário afetava o relacionamento delas: a mãe só voltava às 22h15. A filha esperava esse horário exclusivamente para falar com a Blissey. As conversas, entretando, ficaram cada vez mais desagradáveis para ambas.
Todos os dias Chansey reclamava daquelas garotas idiotas de sua escola, que a humilhavam publicamente, enfiando sua cabeça na privada, satirizando-a na frente de todos, além de outros comportamentos infantis e desagradáveis.
A mãe estava cansando de tudo aquilo. Afinal, a mudança de cidade era para o bem de ambas, e não estava acontecendo como planejado. Então a fonte daquilo tudo foi descoberta. Aquela Clefable...
O estopim de tudo o que aconteceu foi quando a Chansey chegou em casa cheia de feridas e muito abatida. Clefable e suas amigas haviam empurrado a garota de uma escada do colégio, quando os professores não estavam olhando. Estes, no entanto, não acreditaram na Chansey, e ela ainda levou uma advertência pela 'mentira'."
- Eu não acredito que isso aconteceu! - a Pachirisu colocou suas mãos na frente da boca, e começou a liberar sua energia reprimida correndo pela sala - Como o senhor descobriu isso tudo?
- Fui até o colégio da garota e chequei a ficha dela - disse o coronel - Na época em que fiz isso, não me pareceu relevante para o caso, mas depois eu percebi. Em todo o caso...
"Blissey não aguentou mais. Saiu do trabalho mais cedo e seguiu a Clefable pela cidade. Na metade do caminho se adiantou, escondendo-se no Beco dos Raticates. Então usou seu Psychic para desferir o golpe na Clefable. Seu conhecimento sobre a anatomia pokémon foi essencial, pois assim ela precisou apenas de uma tesourada para efetuar o homicídio.
Até então, tudo bem. Fora o crime perfeito. Ela poderia me enrolar por mais dois ou três meses, e inevitavelmente o caso seria arquivado. Mas aconteceu algo que poderia mudar tudo...
Uma testemunha. Um Noctowl, que sem querer mencionei durante a identificação das testemunhas. Então a doutora quis vê-lo. Na época achei que fosse só para tentar ajudar na resolução do caso, mas depois percebi o verdadeiro motivo: ela queria saber quem atacaria...
Bom, eu deveria ter percebido na hora o que estava acontecendo: a principal testemunha do caso, assassinada. Mas não desconfiei. Isso mudou no terceiro crime.
A Sableye desaparecera, e em seguida seu cadáver foi encontrado no rio. A Blissey disse que o crime fora diferente dos outros, mas me parecia tão igual! Então uma pontinha de desconfiança pela doutora apareceu, mas logo sumiu. Não queria desconfiar dela. Não queria mesmo.
Porém, quando o Toxicroak simulou o próprio desaparecimento..."
- Aha! - exclamou Garchomp - Aha, simulou! Não disse! Não houve crime nenhum!
- Não, não houve - disse, irritado, o coronel - Posso continuar?
"Quando o Toxicroak fingiu o desaparecimento, tive quase certeza que ela era a culpada. Eu até pensei em sair procurando provas que pudessem encriminá-la. Porém houve mais uma reviravolta no caso.
A Chansey morrera. Eu não consegui mais desconfiar da Blissey, ela me parecia mais sincera que nunca. Mas é claro, da morte da filha ela não era culpada."
- Hã? - Pachirisu parecia mais intrigada que nunca - Hã, como assim, senhor?
- Calma, eu já explico...
"Por mais que a Chansey tivesse ficado feliz com a morte de sua arquinimiga na escola, ela descobriu que a mãe havia matado todas aquelas pessoas, e ficou extremamente revoltada. Ela desejava, todos os dias, a morte da Clefable, acima de tudo. Porém não conseguia admitir que sua mãe fosse uma assassina.
Então, se suicidou. Usou o Psychic, que a mãe fez questão de começar a ensiná-la quando ainda era uma Hapinny.
A mãe, é claro, não se conformou com o fato de que a filha se suicidasse por causa dela. A pressão foi ficando cada vez maior, dia após dia. Não pressão externa, mas do seu próprio psicológico. Então, não aguentando, suicidou-se também, usando seu Psychic, assim como a filha."
- Ahm, agora eu entendi! - Garchomp parecia satisfeito - Mas espere aí, e aquele mural no beco dos Raticates?
- Era só para me assustar, Garchomp, e tentar me manter fora do caso - respondeu o coronel - Além disso, serviu para acobertar a fuga do Toxicroak e afastar as suspeitas da Blissey.
- Senhor, senhor! - ofegou Pachirisu - E o Toxicroak, senhor? Onde ele está agora?
- Em Kanto - a resposta do coronel foi tão clara e rápida que os seus subordinados no local se assustaram - Às vezes eu leio os jornais de outros lugares, e hoje o de Kanto foi o que eu comprei. Aqui está.
Ele jogou um jornal em cima de uma das mesas. Havia uma foto do Toxicroak nele.
- Não existem Toxicroaks em Kanto - afirmou o coronel - Foi uma idéia razoável dele mudar-se para lá, mas ele se esqueceu que (ele é) raríssimo por lá. Logo acumularei provas convincentes e boas em quantidade para prendê-lo, e encerrar o caso de vez...
- E senhor, por que o Toxicroak passava informações para a Blissey? Só assim ela descobriria que a Sableye testemunhou também...
- Eu suponho - começou o coronel - Que ela tenha dado dinheiro a ele.
- Ah... - entendeu o major - Mas coronel, por que diabos os laudos médicos dizem que os crimes foram cometidos por golpes físicos, enquanto a Blissey usou o Psychic para levar a tesoura até o alvo e atingir os coitados?
- Porque ela tinha o controle total sobre os laudos, e os mudou a seu favor. Muito inteligente, ela... Mas parece que não me superou!
Typhlosion se dirigiu novamente até a janela, sorrindo. Acabadas as dúvidas, disse:
- Caso encerrado!
---------------------------------------
1 - Pessoal, talvez achem a formatação das expicações do coronel esquisita, mas queria destacar do resto do texto.
2 - Fiz o máximo que pude para explicar detalhadamente o caso. Se acharem que faltou algo, avisem!
Até mais!
- Gabriel032 30/11/09 12:23
O ambiente permaneceu em um terrível silêncio. Pachirisu e Garchomp pareciam estar digerindo as informações passadas por Typhlosion. Então o major resolveu quebrar aquele clima com uma grande risada.
- Amei a piada, coronel. Agora vamos prender o Hitmonchan.
- Prender o Hitmonchan? - foi a vez do coronel dar risada - Mas eu já disse: ele não é o culpado. Quem cometeu todos esses crimes foi a doutora Blissey.
Aquilo era realmente um fenômeno: como uma informação podia ser tão impactante. Até a capitã Pachirisu, que habitualmente estaria falando incessantemente, permanecia calada.
- Mas como, senhor? - ela começou a falar novamente, porém o major e o coronel se surpreenderam: pela primeira vez ela articulava as palavras na mesma velocidade de um pokémon normal. - Como é possível? Não há explicação!
- Eu explico tudo para vocês... Ou pelo menos tento explicar. Ainda não tenho provas de tudo, porém creio que tudo que eu digo está certo...
O coronel, então, desatou a falar.
"Todos os dias, Blissey voltava do trabalho pontualmente às 19h. Ela esperava ansiosamente para que acontecessem os momentos mais felizes de sua rotina: ver a filha, falar com ela e se divertir ao lado de Chansey.
Porém, tudo mudou quando elas se mudaram para essa cidade..."
- Ha, tudo bem - disse Garchomp - Agora você está dizendo que a culpa é da ci...
- Cale a boca, major! - exclamou Pachirisu. O coronel continuou:
"A doutora recebeu uma excelente proposta de emprego por aqui. Ela seria chefe do hospital mais respeitado da cidade, e seria a médica mais prestigiada. Mas a filha não foi beneficiada como ela.
O novo horário afetava o relacionamento delas: a mãe só voltava às 22h15. A filha esperava esse horário exclusivamente para falar com a Blissey. As conversas, entretando, ficaram cada vez mais desagradáveis para ambas.
Todos os dias Chansey reclamava daquelas garotas idiotas de sua escola, que a humilhavam publicamente, enfiando sua cabeça na privada, satirizando-a na frente de todos, além de outros comportamentos infantis e desagradáveis.
A mãe estava cansando de tudo aquilo. Afinal, a mudança de cidade era para o bem de ambas, e não estava acontecendo como planejado. Então a fonte daquilo tudo foi descoberta. Aquela Clefable...
O estopim de tudo o que aconteceu foi quando a Chansey chegou em casa cheia de feridas e muito abatida. Clefable e suas amigas haviam empurrado a garota de uma escada do colégio, quando os professores não estavam olhando. Estes, no entanto, não acreditaram na Chansey, e ela ainda levou uma advertência pela 'mentira'."
- Eu não acredito que isso aconteceu! - a Pachirisu colocou suas mãos na frente da boca, e começou a liberar sua energia reprimida correndo pela sala - Como o senhor descobriu isso tudo?
- Fui até o colégio da garota e chequei a ficha dela - disse o coronel - Na época em que fiz isso, não me pareceu relevante para o caso, mas depois eu percebi. Em todo o caso...
"Blissey não aguentou mais. Saiu do trabalho mais cedo e seguiu a Clefable pela cidade. Na metade do caminho se adiantou, escondendo-se no Beco dos Raticates. Então usou seu Psychic para desferir o golpe na Clefable. Seu conhecimento sobre a anatomia pokémon foi essencial, pois assim ela precisou apenas de uma tesourada para efetuar o homicídio.
Até então, tudo bem. Fora o crime perfeito. Ela poderia me enrolar por mais dois ou três meses, e inevitavelmente o caso seria arquivado. Mas aconteceu algo que poderia mudar tudo...
Uma testemunha. Um Noctowl, que sem querer mencionei durante a identificação das testemunhas. Então a doutora quis vê-lo. Na época achei que fosse só para tentar ajudar na resolução do caso, mas depois percebi o verdadeiro motivo: ela queria saber quem atacaria...
Bom, eu deveria ter percebido na hora o que estava acontecendo: a principal testemunha do caso, assassinada. Mas não desconfiei. Isso mudou no terceiro crime.
A Sableye desaparecera, e em seguida seu cadáver foi encontrado no rio. A Blissey disse que o crime fora diferente dos outros, mas me parecia tão igual! Então uma pontinha de desconfiança pela doutora apareceu, mas logo sumiu. Não queria desconfiar dela. Não queria mesmo.
Porém, quando o Toxicroak simulou o próprio desaparecimento..."
- Aha! - exclamou Garchomp - Aha, simulou! Não disse! Não houve crime nenhum!
- Não, não houve - disse, irritado, o coronel - Posso continuar?
"Quando o Toxicroak fingiu o desaparecimento, tive quase certeza que ela era a culpada. Eu até pensei em sair procurando provas que pudessem encriminá-la. Porém houve mais uma reviravolta no caso.
A Chansey morrera. Eu não consegui mais desconfiar da Blissey, ela me parecia mais sincera que nunca. Mas é claro, da morte da filha ela não era culpada."
- Hã? - Pachirisu parecia mais intrigada que nunca - Hã, como assim, senhor?
- Calma, eu já explico...
"Por mais que a Chansey tivesse ficado feliz com a morte de sua arquinimiga na escola, ela descobriu que a mãe havia matado todas aquelas pessoas, e ficou extremamente revoltada. Ela desejava, todos os dias, a morte da Clefable, acima de tudo. Porém não conseguia admitir que sua mãe fosse uma assassina.
Então, se suicidou. Usou o Psychic, que a mãe fez questão de começar a ensiná-la quando ainda era uma Hapinny.
A mãe, é claro, não se conformou com o fato de que a filha se suicidasse por causa dela. A pressão foi ficando cada vez maior, dia após dia. Não pressão externa, mas do seu próprio psicológico. Então, não aguentando, suicidou-se também, usando seu Psychic, assim como a filha."
- Ahm, agora eu entendi! - Garchomp parecia satisfeito - Mas espere aí, e aquele mural no beco dos Raticates?
- Era só para me assustar, Garchomp, e tentar me manter fora do caso - respondeu o coronel - Além disso, serviu para acobertar a fuga do Toxicroak e afastar as suspeitas da Blissey.
- Senhor, senhor! - ofegou Pachirisu - E o Toxicroak, senhor? Onde ele está agora?
- Em Kanto - a resposta do coronel foi tão clara e rápida que os seus subordinados no local se assustaram - Às vezes eu leio os jornais de outros lugares, e hoje o de Kanto foi o que eu comprei. Aqui está.
Ele jogou um jornal em cima de uma das mesas. Havia uma foto do Toxicroak nele.
- Não existem Toxicroaks em Kanto - afirmou o coronel - Foi uma idéia razoável dele mudar-se para lá, mas ele se esqueceu que (ele é) raríssimo por lá. Logo acumularei provas convincentes e boas em quantidade para prendê-lo, e encerrar o caso de vez...
- E senhor, por que o Toxicroak passava informações para a Blissey? Só assim ela descobriria que a Sableye testemunhou também...
- Eu suponho - começou o coronel - Que ela tenha dado dinheiro a ele.
- Ah... - entendeu o major - Mas coronel, por que diabos os laudos médicos dizem que os crimes foram cometidos por golpes físicos, enquanto a Blissey usou o Psychic para levar a tesoura até o alvo e atingir os coitados?
- Porque ela tinha o controle total sobre os laudos, e os mudou a seu favor. Muito inteligente, ela... Mas parece que não me superou!
Typhlosion se dirigiu novamente até a janela, sorrindo. Acabadas as dúvidas, disse:
- Caso encerrado!
---------------------------------------
1 - Pessoal, talvez achem a formatação das expicações do coronel esquisita, mas queria destacar do resto do texto.
2 - Fiz o máximo que pude para explicar detalhadamente o caso. Se acharem que faltou algo, avisem!
Até mais!
- Gabriel032 30/11/09 12:23
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